Imagem: The Verge
A distância entre o Vale do Silício e Hollywood em relação à Inteligência Artificial nunca foi tão evidente. No OpenAI DevDay, Sam Altman celebrou o novo modelo de vídeo Sora como uma ferramenta de “democratização” e “fanfiction” para criadores. No entanto, em um evento em Los Angeles com líderes da indústria, a impressão geral foi de que Hollywood “não tem ideia do que fazer” sobre o risco que a IA representa e será esmagada pela velocidade da tecnologia.
Apesar de a IA Sora ter alcançado 1 milhão de downloads e ter sido claramente treinada em Propriedade Intelectual (IP) de Hollywood sem permissão, os executivos evitaram uma ação pública ou coordenada. O co-CEO da Netflix, Greg Peters, desviou de perguntas sobre Sora, e o CEO da Paramount Skydance, David Ellison, elogiou a IA apenas em seu aspecto de ferramenta, chamando-a de um “novo lápis”. O único líder com uma postura firme foi Robert Kyncl, CEO da Warner Music, que exigiu licenciamento para o treinamento de conteúdo musical.
A falta de ação coletiva de Hollywood significa que empresas de IA como a OpenAI continuarão a “pedir perdão em vez de permissão,” seguindo o manual da indústria de tecnologia para alcançar o domínio. A decisão da OpenAI de treinar o Sora sem considerar as implicações para o conteúdo da indústria é vista como uma escolha deliberada que expõe a fragilidade de Hollywood diante da IA.
Para ler a análise completa sobre a tensão entre o Vale do Silício e Hollywood em relação ao modelo Sora e as consequências para os direitos autorais, confira a newsletter de Alex Heath no The Verge.